Dê-me seu sorriso mais amarelo
Dê-me sua dor mais aguda
Dê-me sua frustração mais plena
Aquilo que não mais aguenta
Dê-me sua saudade mais longe
Dê-me seu grito mais abafado
Dê-me suas pequenas angustias
Aquilo que não cabem às Augustas
Dê-me suas infelicidades
A preencher minha realidade
Dê-me a chama
De algo que clama
Dê-me todo seu perdão por este soneto em formação
Dê-me todo seu perdão por minha inexatidão
De fato não podem existir métricas ou rimas que meçam ou exprimam
a dor.